Marinha simula conflito no Planalto Central

De Formosa, por José Maciel


Após verificarem o local, fuzileiros navais destroem um  refúgio inimigo.                                                  Foto: José Maciel
A mensagem "ADSUMUS", que significa "Estamos prontos", fica na frente do quartel do Sétimo Distrito Naval, e fez parte também do vocabulário dos militares da Marinha durante a Operação Formosa de 2011. A simulação de guerra, realizada no Planalto Central, durou 12 dias e preparou os fuzileiros navais para agir em missões oficiais. Os mais de 2150 militares que atuaram no treinamento utilizaram veículos e armamento pesado. No total, a instituição informou que o treinamento custou cerca de R$ 5 milhões.

A simulação foi realizada no Centro de Instrução de Formosa (CIF), em Goiás, que pertence ao Exército Brasileiro e desde o dia 18 de setembro foi utilizado pela Marinha. A área da fazenda Bonsucesso, onde fica o centro, é equivalente ao tamanho do município do Rio de Janeiro e conta ainda com uma lagoa ao norte. “A importância de vir até aqui, além da aclimatação, é a possibilidade de desenvolver um exercício tático com a utilização de munição real”, destacou o vice-almirante Fernando Ribeiro.
No acampamento, há momentos de descontração. No campo de batalha, os fuzileiros obedeceram às ordens e  demonstraram garra e inteligência para agir diante das mais variadas situações de crise, e recuperar o território de um inimigo.
Com a ajuda de helicópteros, aviões não tripulados, veículos anfíbios, misseis e até de cães farejadores, os marinheiros mostraram o poder de fogo que a Marinha possui. Para se ter um noção do forte armamento um dos misseis pode chegar a uma distância de 17km.
Atualmente, há um contingente da Marinha que apóia a missão de paz no Haiti, e agora, no mês de outubro, um grupo de onze militares vai para o Líbano atuar na abordagem de barcos suspeitos. “ Tenho certeza que a semelhança que os nossos fuzileiros navais conseguiram no Haiti vai mostrar a eficiência e a eficácia dos navios da esquadra brasileira em um local longe do país e mostrar aí o nome do Brasil, disse o Almirante José Afonso Prado Maia, comandante de operações navais.
O treinamento em números:
Combustível – R$ 200 mil
Alimentação – R$ 320 mil
Transporte – R$ 800 mil
Diversos – R$ 120 mil
Munição -  R$ 3,5 milhões
Total de militares - 2150

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