Governo aumenta tributos e preço de bebidas
Por Aline Santos e Danielle Rodrigues
O aumento nos impostos das bebidas, anunciado pelo governo no final de maio (31/05), elevará os preços desses produtos para o consumidor. A cerveja terá acréscimo de 5,24% no bolso do contribuinte, e os refrigerantes poderão subir até 9,77%, segundo cálculos dos fabricantes.
Paulo Henrique, estudante de publicidade, afirma não se espantar com a novidade. “Até acho que o governo demorou para tomar essa decisão. Comprar um coca-cola apenas por R$ 3,00 num país com tantos impostos é um milagre. Mas confesso que fico triste pelo aumento da cerveja”, lamenta.
A estudante de psicologia, Lívia Andrade, acredita que o aumento é válido se o dinheiro arrecadado for investido em campanhas de responsabilidade do uso do álcool. “Ninguém gosta do aumento nos impostos, mas as pessoas também não vão parar de beber por conta dele. É necessária uma boa campanha de cunho social que justifique tal atitude.”
O economista Fabiano Bastos ressalta que a amplitude desse aumento não deverá trazer reflexos bruscos para o setor. “O marco de uma alteração dessa natureza dificilmente afasta os consumidores do mercado de bebidas. O lazer corresponde a uma fatia de mercado que não é tão sensível a mudanças nos preços como é o mercado imobiliário, de ações ou de vestuário. As retrações no consumo não estão associadas, em sua esmagadora maioria, às políticas de interdição ou de sobretaxa tributária.
Mas o economista faz uma ressalva: “Se o preço final das bebidas pesar muito no orçamento doméstico, o que não é o caso, talvez se crie uma leve tendência à retração no consumo”.
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