Por Dener Giovanini e Erika Suzuki
O governo adotou mecanismo de compensação de impacto ambiental para acelerar a implantação e revitalização dos parques no DF. A construtora JC Gontijo, por exemplo, saldou parte da dívida ambiental com obras de revitalização do parque ecológico Ezequias Heringer, o parque do Guará.
Parte dos três milhões de reais investidos em obras no parque era devida pela empresa ao governo por causa de empreendimentos como o Living Park Sul. Guarita, estacionamento, iluminação e playground estão entre as benfeitorias. Com mão-de-obra e máquinas próprias, a empresa conseguiu reduzir custos.
De acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), 72 parques ecológicos foram criados por decreto na região. Destes, somente 15 saíram do papel, ou seja, foram efetivamente implantados e estão em funcionamento. Mesmo assim, alguns deles precisam de melhorias na infraestrutura, como instalação de equipamentos de lazer e áreas de convivência.
O agente do parque do Guará, João Paulo Alves, lamenta o abandono de áreas que deveriam ser preservadas. “As pessoas parecem ignorar a riqueza e a importância do cerrado”, avalia. Os espaços verdes, carentes de cuidado e proteção, viram depósito de lixo e entulho. “Outro problema é a ocupação irregular dos terrenos”, diz Alves.
A adesão de empreendedores tem sido positiva, segundo o Ibram. Atualmente, 25 milhões de reais estão sendo investidos em 10 projetos de implantação e revitalização de parques no DF. A meta do governo, segundo a assessoria do Ibram, é recuperar as 22 unidades de conservação e os 72 parques ecológicos da região até o fim de 2014.
Invasões de áreas públicas, especulação imobiliária e crescimento desordenado ameaçam a qualidade de vida da população no Distrito Federal. Por isso, espaços com cerrado nativo ou áreas gramadas e arborizadas de lazer e contemplação tornam-se cada dia mais importantes para o equilíbrio ambiental, a saúde e o bem-estar dos brasilienses.
Pôr-do-sol no cerrado (VivaTerra) |
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