A ministra Helena Chagas (Marcello Casal Jr./AB) |
Por Filipe Marques
A ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM), Helena Chagas, garantiu que a inclusão digital é uma das prioridades do governo Dilma Rousseff. “Aumentar o acesso das pessoas à internet é um dos primeiros passos para combater a desigualdade. Se não for feito, estaremos discriminando aqueles que não têm acesso à cultura e à informação digital”, afirmou, em palestra da "Semana de Comunicação" do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB.
Segundo a ministra, o combate à desigualdade já foi feito, em parte, através de políticas de distribuição de renda. Agora, cabe ao Estado garantir a todos o acesso à informação. “Hoje, o cidadão brasileiro, com comida na mesa, é mais consciente e exigente. No futuro, será ainda mais, porque este é um processo que ainda está em andamento.Buscam cada vez mais informação na televisão, nos jornais, na internet. Por isso, o acesso tem que ser estendido a todos”, disse.
Para Chagas, cabe ao jornalista, então, aprender a lidar com este público mais crítico e exigente. “A informação precisa ser correta, plural, contextualizada. Enfim, uma melhor informação. Por isso, nós, jornalistas, estamos sendo e seremos muito mais exigidos pelas pessoas as quais devemos prestar informações. A informação terá que ser muito mais apurada, checada e trabalhada para que tenha credibilidade”, ensina.
Na época da informação digital, a ministra cobra uma nova postura do jornalistas, pouco acostumados às críticas. “Nós, jornalistas, não gostamos de ser criticados. Mas, agora, a internet tem essa coisa sensacional chamada interatividade, que obrigou os jornalistas a ficarem mais humildes. O público pode opinar, criticar, participar e nós, jornalistas, precisamos descer do salto alto e ficarmos mais humildes. Porque é para eles que nós escrevemos”, conta.
Apesar de todas as vantagens da internet, a experiente jornalista faz uma ressalva. “É muito legal e democrático todo mundo poder dizer o que pensa na internet. Mas existe uma grande diferença entre a opinião e o fato, a informação com credibilidade. O próprio internauta precisa saber separar o joio do trigo. A informação jornalística, de fato, precisa ter credibilidade. Para isso, precisa ser checada e apurada”, explica.
Por fim, Helena Chagas dá um conselho a todos que pretendem se tornar jornalistas. “Nós somos instrumentos da democracia. Os cidadãos só estarão preparados para tomar suas próprias decisões quando esta tem acesso à informação plural e diversificada. É nosso dever, enquanto jornalista, garantir que tenham acesso à informação”, aponta.
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