Mesmo fora das competições oficiais lutadores arriscam a vida na clandestinidade
O termo “vale tudo” deixou de ser usado para este tipo de luta a partir do momento em que aconteceram mortes e acidentes graves nas rinhas.Desde então, o nome dado é MMA (Mixed Martial Arts), uma mistura de artes marciais, com regras.
Mesmo com as mudanças, o esporte não o deixou de ser perigoso. Principalmente, no caso das lutas clandestinas, em que os praticantes arriscam a vida em locais improvisadas como, piscinas vazias, colchões, tapetes, gramados ou simplesmente concreto.
Praticante de vale tudo clandestino, Marcelão, luta boxe, jiu-jitsu e MMA há um ano. Nunca fez lutas oficiais porque não conseguiu se profissionalizar, mas defende a prática. “A grande maioria dos lutadores amadores que tentam se profissionalizar começa a treinar e aparecer nesse cenário de clandestinidade”.
A delegada Jane Paixão, da 16ª Delegacia de Polícia de Planaltina, explica por que essas lutas ainda são realizadas. “Na verdade, não podemos tratar esse tipo de evento como ilícito. A luta denominada ‘vale tudo’ não é competição proibida, mas também não é legalmente permitido, porque não há lei ou legislação que expresse a autorização”.
Na concepção criminal, a violência esportiva é tolerável. Ou seja, na prática de qualquer esporte se ocorrerem lesões com danos à integridade física ou à vida do oponente, não ocorre crime.
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