No começo conciliou a profissão de arquiteto com a de fotógrafo amador, mas logo sentiu necessidade de aprender fotografia e se profissionalizar. As influências foram muitas, “admiro vários fotógrafos, não tenho uma dependência, uma filiação direta”. Porém, considera Cartier-Bresson como “o pai de todos nós”, principalmente pela idéia do momento decisivo, característica de Bresson e muito marcante na carreira de Luis Humberto.
O olhar do arquiteto também interferiu na visão do fotógrafo. “Você tem a ordenação de linguagem que é do arquiteto. Eu não sou escravo dessa coisa, mas ela vem, e eu custei muito a reconhecer isso”.
Hoje, com 74 anos, fotografa pouco, com câmera digital, o que lhe permite recuperar um pouco da mobilidade que os anos lhe tiraram. Nunca parou de fotografar. “Fotografia é uma maneira de ver o mundo. É um engano muito grande achar que a fotografia precisa de um momento especial. Uma festa, um almoço da Páscoa na minha casa, dá coisa pra diabo. Fotografar o cotidiano, eu sempre me voltei muito para isso”.
Analisando suas fotos podemos ter uma noção de como é o mundo para Luiz Humerto. O segredo, ele não esconde, “seja fiel ao seu ofício, e apaixonado por ele”.
“Fotografia está em todo lugar”. Essa é a premissa da obra de Luis Humberto. O arquiteto descobriu a fotografia após o nascimento de seu primeiro filho, hoje com 49 anos. Era uma forma de documentar o crescimento do menino. “Eu não sabia nada de fotografia, aí foi uma dificuldade. Fui tateando e me encantei, e com esse encantamento, eu comecei a trabalhar”. O fotógrafo Luís Humberto fala sobre como se aproximou da fotografia, suas influências e o que seu trabalho significa
Por Flávia Otero
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