Fotografia como protesto

O fotógrafo Luís Humberto teve fotos publicadas nas revistas Quatro Rodas, Veja, Realidade e Cláudia

Flávia Otero

O fotógrafo começou a fazer trabalhos para a Editora Abril, foi contratado pela Veja, e trabalhou na revista por doze anos. “Aceitei a Veja, que não condizia com o tipo de trabalho que eu fazia, mas consegui fazer um bom trabalho lá, e ser reconhecido por isso”. Também fez vários trabalhos para as revistas Quatro Rodas, Realidade e Cláudia.

Suas fotos mais comentadas são as da cobertura política. Com a crítica e a ironia sempre presentes, os enquadramentos surgiram da idéia de trabalhar o lado ridículo dos poderosos: “eu quis mostrar isso, que as pessoas que exerciam o poder na época, eram risíveis, falíveis; eram seres humanos que se apresentavam pelo seu lado ruim”. Desta forma, Luiz Humberto aproveitava para protestar: “Vivia-se na ditadura, que impunha limites o tempo todo. E por que a gente vai ficar fazendo só o que eles querem?”.
As fotos de família, ele resume magistralmente, “representam o amor”. Foi com esse tipo de fotografia que sua carreira começou e por isso, teve um grande peso na sua vida profissional e pessoal. “Começou com o Beto, depois vieram outros quatro, e em volta deles um universo, com cachorro, gato...”.
O cerrado também foi alvo dos cliques de Luis Humberto. O interesse do fotógrafo pela paisagem nasceu de sua tese de doutorado em arquitetura, que retratava uma proposta de paisagismo para o cerrado. “Tinha uma mania na época de achar que o cerrado era uma coisa feia, e eles demoliam, passavam o trator”.

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