Diário de Bordo: Dia 02 – 17 de maio

A onça pintada Simba, mascote do CIGS
(Natalia Aquino/UniCEUB)
Hoje (terça, 17) foi o primeiro dia de programação de atividades da Viagem Formadores de Opinião à Amazônia, promovida pelo Exército Brasileiro. Como ontem chegamos mais tarde do que o previsto, não foi possível fazer as atividades agendadas para o dia. Por isso, a solução encontrada foi acordar hoje às 5h para fazer em um dia o que estava programado para dois.

Saímos do hotel em Manaus por volta das 6h30 rumo ao Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Fomos recebidos pelo mascote do local: uma onça pintada. A fera, na verdade, é um macho chamado Simba. 

Após algumas fotos, nos dirigimos ao auditório do CIGS para uma palestra. Na ausência do comandante do CIGS, Coronel Palaia, o palestrante foi o Major Belarmino, que explicou a importância do treinamento para formar o "guerreiro de selva".

O CIGS foi criado em 1964 e é referência mundial de combate na selva e recebe alunos de todos os continentes. Ao todo, já foram formados 5.552 guerreiros, sendo 418 militares estrangeiros. A França é o país recordista. Por conta das necessidades da Guiana Francesa, já formou 86 guerreiros de selva na Amazônia. Ainda no local, conhecemos o zoológico e alguns dos alimentos que o combatente pode encontrar nas matas da floresta amazônica.
General Mattos
(Filipe Marques/Esqui

Em seguida, partimos para o Comando Militar da Amazônia (CMA). Lá, também fomos bem recebidos. Mas, no lugar de onça, havia uma banda militar a nossa espera. Fomos recebidos com a saudação SELVA! Aqui, na Amazônia Militar, essa palavra pode ter várias funções, de “oi” a “tchau”... Enfim, serve para quase tudo e já nos acostumamos com o uso da expressão.

Após a recepção com direito a quatro músicas, seguimos para a palestra com o comandante militar da Amazônia, o General Luis Carlos Gomes Mattos. Após longa exposição sobre a Amazônia e o papel do Exército na proteção da soberania nacional, com direito a rodada de perguntas, trocamos a terra pelo Rio Negro.

Almoçamos a bordo do barco Capitão Pedro Teixeira e, depois, embarcamos em duas lanchas rápidas para um passeio ao longo da “estrada fluvial”. Assistimos a uma apresentação turística feita por uma família indígena da etnia dessena. Além da breve visita aos nativos, conhecemos a “baleia rosa da Amazônia”, o Pirarucu.

Apresentação indígena da etnia dessena (Filipe Marques/Esquina)

Encontro das águas (Mariana Menezes/Esquina)
Antes de entardecer, ainda deu tempo de ir ao Encontro das Águas. O fenômeno acontece por conta da diferença entre a temperatura, a densidade e a velocidade das correntezas dos rios Negro, de água escura, e o Solimões, de água barrenta.

Para retornar ao hotel, "marchamos" pela selva de concreto que é Manaus. Às 19h30, saímos para jantar no 1º Batalhão de Infantaria de Selva, onde experimentamos pratos e bebidas típicos da região.

Como manda a disciplina militar, amanhã (quarta, 18) levantaremos antes do sol, mais uma vez, rumo a São Gabriel da Cachoeira (AM), a quase mil quilômetros da capital amazonense. SELVA!

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