Por Aline Carvalho
Esqueça a verruga na ponta do nariz. As bruxas do mundo atual são fisioterapeutas, professoras, jornalistas e até modelos
Gwydion e a vassoura que "varre e purifica o ambiente" (Foto:Arlane Carvalho) |
Os filmes de bruxa que se tornaram febre na década 90, como “Sabrina – Aprendiz de feiticeira” (1996) e “Da magia à Sedução” (1998) retratavam o mundo da bruxaria. Voar com vassouras, casas enfeitadas com abóboras e gatos pretos fazem parte de um cenário macabro, típico de festas de Halloween. A realidade das “novas” bruxas é bem diferente.
De certo que em muitos rituais as vassouras são utilizadas. Não para voar. E sim para “varrer as impurezas do ambiente”, como descreve a bruxa fisioterapeuta Leilane Camargo, 51 anos, que é praticante da bruxaria há duas décadas. Para ela, a bruxaria é uma forma de estar conectada à sua própria espiritualidade: “Na bruxaria encontrei um caminho. Aqui a energia da natureza me move, e eu me sinto muito bem”.
Os gatos pretos - que para muitos representam azar - para as jovens bruxas não fazem mal algum: “Antigamente os gatos pretos possuíam um simbolismo ligado ao oculto. Hoje, pelo menos para mim, não tem nada demais com o animal. Muito menos coisas negativas”, relata a modelo Joana Mendes, 22 anos, que pratica bruxaria desde os 15. A jovem que começou a se interessar por ocultismo por não se encaixar em nenhuma religião cristã, diz que a doutrina Wicca transformou a sua vida: “a Wicca não é religião. Nós promovemos o respeito e a diversidade acima de tudo. Bruxas não são aquilo que as pessoas julgam, de ser ruim, de fazer o mal”.
Relacionar a bruxaria com magia negra é algo inadmissível para algumas bruxas. A professora Stéphane Romano, 31 anos, explica que, como toda forma de fé e religiosidade, as pessoas podem usar seus dons e o poder da mente para o bem e para o mal: “Somos bruxas e buscamos nos elementos da natureza a nossa paz de espírito e do espírito do Universo”.
A professora, que é bruxa há cerca de quatro anos, relata que faz a chamada magia branca. “Faço meus rituais. Danço, me sinto livre. Emano pensamentos positivos ao mundo, a mim mesma e às pessoas que quero bem.”
“Quando falamos em feitiço, em magia, em qualquer coisa ligada ao misticismo, as pessoas recriminam. Mas o pré-conceito faz com que essas pessoas tenham medo de conhecer novas coisas. Ninguém precisa se tornar bruxo. Mas se conhecessem não julgariam tão mal”, desabafa a jovem bruxa.
O mundo das bruxas não é exclusivamente feminino. O estudante João Matias, 23 anos, se tornou praticante da bruxaria aos 18. “Purifico os ambientes, afasto a energia negativa. Hoje sou uma pessoa melhor e mais consciente”.
A jornalista Concita Varella, 48 anos, participa de um grupo de bruxas há pelo menos 13. “Somos um grupo de mulheres diferentes, com idades diferentes, mas somos também, o espelho uma da outra”.
A bruxaria, para a jornalista, é uma espécie de metamorfose do próprio pensamento. “O Plenitude [grupo do qual participa], tem uma história longa de crescimento espiritual, de transformação de nós mesmas”. Os rituais de que Concita participa são regados de danças circulares e pedidos de proteção à Deusa Mãe Natureza. “Um incenso, uma vela acesa não faz mal a ninguém. Se isso for considerado bruxaria, então, é isso mesmo”, ri a jornalista.
De certo que em muitos rituais as vassouras são utilizadas. Não para voar. E sim para “varrer as impurezas do ambiente”, como descreve a bruxa fisioterapeuta Leilane Camargo, 51 anos, que é praticante da bruxaria há duas décadas. Para ela, a bruxaria é uma forma de estar conectada à sua própria espiritualidade: “Na bruxaria encontrei um caminho. Aqui a energia da natureza me move, e eu me sinto muito bem”.
Os gatos pretos - que para muitos representam azar - para as jovens bruxas não fazem mal algum: “Antigamente os gatos pretos possuíam um simbolismo ligado ao oculto. Hoje, pelo menos para mim, não tem nada demais com o animal. Muito menos coisas negativas”, relata a modelo Joana Mendes, 22 anos, que pratica bruxaria desde os 15. A jovem que começou a se interessar por ocultismo por não se encaixar em nenhuma religião cristã, diz que a doutrina Wicca transformou a sua vida: “a Wicca não é religião. Nós promovemos o respeito e a diversidade acima de tudo. Bruxas não são aquilo que as pessoas julgam, de ser ruim, de fazer o mal”.
Relacionar a bruxaria com magia negra é algo inadmissível para algumas bruxas. A professora Stéphane Romano, 31 anos, explica que, como toda forma de fé e religiosidade, as pessoas podem usar seus dons e o poder da mente para o bem e para o mal: “Somos bruxas e buscamos nos elementos da natureza a nossa paz de espírito e do espírito do Universo”.
A professora, que é bruxa há cerca de quatro anos, relata que faz a chamada magia branca. “Faço meus rituais. Danço, me sinto livre. Emano pensamentos positivos ao mundo, a mim mesma e às pessoas que quero bem.”
“Quando falamos em feitiço, em magia, em qualquer coisa ligada ao misticismo, as pessoas recriminam. Mas o pré-conceito faz com que essas pessoas tenham medo de conhecer novas coisas. Ninguém precisa se tornar bruxo. Mas se conhecessem não julgariam tão mal”, desabafa a jovem bruxa.
O mundo das bruxas não é exclusivamente feminino. O estudante João Matias, 23 anos, se tornou praticante da bruxaria aos 18. “Purifico os ambientes, afasto a energia negativa. Hoje sou uma pessoa melhor e mais consciente”.
A jornalista Concita Varella, 48 anos, participa de um grupo de bruxas há pelo menos 13. “Somos um grupo de mulheres diferentes, com idades diferentes, mas somos também, o espelho uma da outra”.
A bruxaria, para a jornalista, é uma espécie de metamorfose do próprio pensamento. “O Plenitude [grupo do qual participa], tem uma história longa de crescimento espiritual, de transformação de nós mesmas”. Os rituais de que Concita participa são regados de danças circulares e pedidos de proteção à Deusa Mãe Natureza. “Um incenso, uma vela acesa não faz mal a ninguém. Se isso for considerado bruxaria, então, é isso mesmo”, ri a jornalista.
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