Medida pretende incentivar fumante a largarem o vício
Por Carla Souza e Talita Diniz
Segundo o cronograma da Receita
Federal, a tributação sobre os cigarros continuará crescendo, com alíquotas maiores do IPI no início de cada ano.
Federal, a tributação sobre os cigarros continuará crescendo, com alíquotas maiores do IPI no início de cada ano.
Campanha do Ministério
Alguns fumantes consideraram o aumento abusivo, como é o caso da bancária Irinede Faria, que sustenta o vício há dez anos e gasta em média R$ 300 por mês com carteiras de cigarro. “Já havia pensado por vezes parar de fumar, agora com esse aumento, o qual considero abusivo, só me deu mais força de vontade", diz a bancária.
Há quem consiga ver um lado positivo na medida do governo, mesmo sendo fumante. A estudante de artes cênicas Ana Cláudia reduziu de duas para uma carteira de cigarro por semana. “Acredito que a melhor a maneira para largar o vício, seja eliminando ele aos poucos, no final preservo minha saúde e meu bolso também”, ressalta a estudante.
Apesar de o governo arrecadar com o aumento do cigarro, o principal objetivo do aumento do IPI sobre o produto seria tentar reduzir as vendas, prevenindo que outros fumantes surjam no país. De acordo com o Ministério da Saúde, houve queda de 14,4% no número de fumantes no Brasil. Atualmente, no Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo.
Economia
Segundo o Banco Mudial o tabagismo gera uma perda mundial de US$ 200 bilhões por ano, sendo que a metade ocorre nos países em desenvolvimento. Este valor é o resultado da soma de vários fatores, como o tratamento das doenças relacionadas ao tabaco, mortes de cidadãos em idade produtiva, maior índice de aposentadorias precoces, aumento no índice de faltas ao trabalho e menor rendimento produtivo. Hoje o cigarro é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo.
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