Por Júlio Guilherme Franco
Talvez Giacomo Puccini, Pietro Mascagn e Georges Bizet sejam nomes desconhecidos para muitas pessoas. De antemão, se pode afirmar que são autores de três das mais reconhecidas óperas já escritas: La Bohème, Cavalleria Rusticana e Carmen, respectivamente. O motivo do desconhecimento é simples, o gênero ficou por muito tempo restrito as elites, disposta a pagar valores altos pelos ingressos. Mas, desta sexta-feira (25) a 24 de junho, o 2º Festival de Ópera de Brasília aproxima, gratuitamente, um público pouco acostumado com a arte dos cantos dramáticos.
“Ópera foi criada na Itália do século XVII. É um gênero teatral que envolve canto coral, recitativo, balé e música instrumental”, explica Alessandro Mazzer, professor de canto lírico de uma universidade paulistana. Segundo ele, o gênero ainda é pouco próximo à maioria dos brasileiros, devido aos altos custos de produção dos espetáculos, que necessitam de uma grande quantidade de cantores, músicos e equipe técnica, o que eleva o preço dos ingressos.
A produção da segunda edição do festival afirma que, mesmo gratuito, o evento será de nível elevado. “O espetáculo seguirá a linha tradicional, e contemplará todas as exigências feitas por Puccini”, promete Francisco Frias, diretor cênico da peça La Bohème. No ano passado, 10 mil pessoas foram assistir às adaptações apresentadas na primeira edição do evento.
Para a auxiliar de limpeza Ana Tereza Marques, 28 anos, um sonho de infância será realizado. “Achava engraçado quando o Pica-Pau (Assista ao vídeo) se fazia de barbeiro e cantava a música do Fígaro”, lembra ela, sobre quando o desenho animado fez referência à peça O Barbeiro de Sevilha, do italiano Gioachino Rossini. “Pena que eles não vão tocar essa música, mas, com certeza, eu não perco por nada essa oportunidade”, afirma.
Segundo Ana, a facilidade de acesso ao Teatro Nacional é um fator que a ajudará ir aos espetáculos. E o melhor, poderá levar os dois filhos pequenos junto com ela, já que as peças são gratuitas. “Moro em Planaltina e só não venho em mais coisas aqui no Plano porque tenho de pegar vários ônibus, e com criança você sabe como é”, conta. “O teatro (Nacional) é bom porque fica do lado da rodoviária”, completa Ana.
Serviço:
2º Festival de Ópera de Brasília – de 25 de maio a 24 de junho. Sala Villa Lobos do Teatro Nacional. Entrada franca (mediante ordem de chegada e lotação da sala). Informações: 3325-6256. Classificação indicativa livre.
Programação:
La Bohème – Sexta-feira (25) e sábado (26) às 20h; e domingo (27), às 17h. Cavalleria Rusticana - Dias 8, 9 e 10 de junho, às 20 horas.
Carmen - Dias 21, 22 , 23 e 24 de junho, às 20 horas. Sexta e sábado às 20h horas; domingo, às 17h.
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