Hora de pico - Na Austrália, atrasos não passam de 3 minutos. Socióloga diz que transporte afeta outros serviços

Por Luísa Peleja

Quando se fala de transporte público no Brasil, é quase impossível evitar uma comparação com o exterior. Na maior parte dos países o transporte público é a primeira opção de locomoção nas cidades. O cidadão conta com balsas, ônibus e metrôs de alta qualidade,pontuais e o melhor de tudo, acessíveis ao bolso do todos. No nosso país, a situação é completamente diferente, já que nem no horário deles podemos confiar.

Na Austrália, a repórter pôde observar no início de 2011 que todos os pontos de ônibus na cidade contavam com uma grade horária de todos os transportes públicos da cidade durante os dias da semana e feriados. Dentro dos mesmos, uma placa indicava a próxima parada e, se algum deles atrasava, não era mais de três minutos. Até na noite da cidade, os jovens optam pelo uso dos ônibus para voltar em segurança para casa, diminuindo também, o índice de acidentes.



“Mudando o cenário do nosso transporte, poderíamos mudar muita coisa para melhor. Brasília e o Brasil ainda são muito amadores nesse quesito”, diz a socióloga Ana Paula de Souza.

Segundo a especialista, um serviço público interfere diretamente sobre o outro. “Para ter acesso a saúde de maneira geral e a cultura, por exemplo, precisamos do transporte público. Do que adianta termos bons médicos, remédios , atrações culturais gratuitas se as pessoas não conseguem chegar? Muitas pessoas são vedadas devido a dificuldade de locomoção e o alto preço da passagem”.

Preço das tarifas

 No início de agosto deste ano, as passagens de ônibus sofreram um reajuste de 4,6%. Autorizado pela Agência Nacional deTransportes Terrestres (ANTT), o cálculo do aumento da tarifa levou em conta avariação do preço do combustível, lubrificantes, peças e acessórios, veículos edespesas gerais das empresas de transporte coletivo. Mas, para benefício dapopulação, desde 2007, a empresa FÁCIL, criou sete cartões para operacionalizar o sistema de bilhetagem eletrônica do Distrito Federal, fornecendo aos clientes rapidez, conforto, facilidade e segurança, já que cinco deles, exceto o cidadão e o vale-transporte, não necessitam de pagamento.

 Os cartões especial, estudante, funcional,gratuidade e sênior são concedidos ao cidadão caso ele se encaixe em algum dos casos estipulados pela lei do passe livre. Como as pessoas acima de 65anos, deficientes físicos, etc. "A quantidade de pessoas que conseguem os cartões de passe livre são muito poucas, em comparação com o resto. A nossa sorte é que a maioria dos trabalhos pagam o vale transporte, se não o salário, nem para isso dava", desabafa a empregada doméstica Gleiciane Cunha, de 24 anos.



Confira a nova tabela de preços

A passagem de Águas Lindas passa de R$ 4,25 para R$4,50
 A passagem da Cidade Ocidental passa de R$ 3,35 para R$ 3,45
 A passagem de Luziânia passa de R$ 4,10 para R$ 4,25
A passagem do Novo Gama passa de R$ 3,80 para R$ 4,05
A passagem de Santo Antônio do Descoberto passa de R$ 4,00 para R$ 4,20
A passagem de Valparaíso passa de R$ 3,00 para R$ 3,10
A passagem do Jardim Ingá passa de R$ 3,50 para R$ 3,60
 A passagem do Lago Azul passa de R$ 4,00 para R$ 4,15
A passagem do Céu Azul passa de R$ 2,75 para R$ 2,85

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