Por Elisa Chagas e Patricia Arce
A psicóloga infantil Adriana Andrade afirmou que é muito difícil dar um parecer fechado em relação a qual atividade é certa para cada criança. “Temos que tentar individualizar e levarem consideração as características de cada uma, o que ela precisa e qual é omeio em que está vivendo.”
Adriana diz que o ideal é descobrir se a atividade é pertinente para a criança. “O que não podemos fazer é levar a criança para um extremo ou outro. Tem que ter o cuidado desaber se aquele é o movimento certo.”
Além disso, ressalta que uma das grandes dificuldades dos tempos atuais é que a educação tem sido delegada cada vez mais para a escola e menos para os pais. “Antigamente, os pais tinham uma maior preocupação em acompanhar o filho, incentivar. Agora, tudo está sendo delegado para a escola. É cada dia mais comum os ‘pais de fim de semana’, que saem com os filhos apenas para brincar e se divertir”. Para Adriana, a função de um pai atento é colocar o filho na escola, mas mesmo assim não abrir mão de sua educação.
Segundo ela, quando os pais não são ativos na educação do filho, mexe-se principalmente com as relações familiares e com os sentimentos mais profundos. “Se a criança achar que não é interessante para o pai, ela não constrói uma referência familiar tão segura e estruturada como deveria ser.” Cria-se então, a necessidade de buscarsolidez em algum lugar, e a tendência é que as crianças busquem essas referências em outra pessoa. A psicóloga garante que a referência familiar é uma necessidade essencial de cada um e que ela sempre existirá.
Rigidez - Carla Coelho, de 35 anos, é mãe de Marina, 6, e Benedito, 2. Ela matriculou Marina no ballet quando acriança completou dois anos de idade. Mas não aprovou o resultado. “Não gostei da rigidez com que tratavam as crianças tão pequenas e tirei”. Hoje em dia a menina faz “apenas” aulas de artes uma vez por semana.
Carla conta que escolheas atividades dos filhos observando suas preferências no dia-a-dia, sempre com o intuito de estimular o desenvolvimento e conhecimento das crianças. “Marina sempre teve um dom para desenho, então este semestre estamos experimentando aaula de artes, que está dando muito certo”, explica a mãe.
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