Por Laísa Vinhas e Larissa Rehem
Mesmo com disponibilidade de tempo, pais dizem que colocam o filho no período integral para mantê-lo ocupado com atividades educativas. João Cunha, aos 8 anos, por exemplo, foi para uma escola de período integral, pois o pai, Sérgio Cunha, 42, queria mantê-lo ocupado e ver se o desempenho na escola melhorava. Mas Sérgio diz se arrepender dessa decisão.
Mesmo com disponibilidade de tempo, pais dizem que colocam o filho no período integral para mantê-lo ocupado com atividades educativas. João Cunha, aos 8 anos, por exemplo, foi para uma escola de período integral, pois o pai, Sérgio Cunha, 42, queria mantê-lo ocupado e ver se o desempenho na escola melhorava. Mas Sérgio diz se arrepender dessa decisão.
“Nenhum tempo a mais na escola substitui o acompanhamento de um pai e de uma mãe dentro de casa. Se fosse hoje, não colocaria João no período integral, porque o desempenho escolar dele não melhorou e eu cheguei à conclusão de que durante a infância as crianças têm mesmo é que aproveitar o tempo livre”, afirma.
Compulsão - A psicóloga Ângela Lins afirma que a “neurose” dos pais pode prejudicar as crianças. “Os pais não deveriam se sentir pressionados com a neurose coletiva. Preservar os filhos da compulsão social e educá-los para uma verdadeira atitude criativa e construtiva seria o melhor a fazer”.
Além disso, nem todas as crianças reagem e se adaptam da mesma forma ao período integral. Todos os professores e coordenadores de escolas consultadas afirmaram que é necessário ter um acompanhamento de perto com cada aluno. Todos passam por uma fase de adaptação no início, mas existem crianças que mesmo ao longo do tempo não se adaptam e começam a ter atitudes negativas.
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