Amarelinhas apagadas, calçadas externas não concluídas e uma grama escorregadia que cerca a caixa d’água atormentam os sonhos dos alunos da Escola Classe 36. A escola não possui biblioteca. “A professora passa as leituras para casa e junto às perguntas para responder”, conta Marcos Vinicius*.
Na Escola Classe 36, o mato tomou a calçada que seria para as criaças e pedestres transitarem. Foto: José Maciel/Esquina |
Marcos Vinicius, 9, mora em Ceilândia, estuda na Escola Classe 36 e cursa o 4º ano, antiga 3ª série. O menino contou o que vê de segunda a sexta-feira no colégio em que estuda. A rotina de Marcos começa às 7h30 da manhã e vai até 12h30, com pausa de 50 minutos para o recreio e o lanche. Na sala de aula, o nosso personagem divide espaço com mais 34 crianças.
Na aula de recreação duas turmas dividem espaço reservado à essas atividades. Segundo Marcos, o número de alunos dobra e a supervisão é de duas professoras. “A gente só joga futebol e pode ficar correndo também”, diz o menino. A diversão das crianças, ainda segundo Marcos, é prejudicada pela falta do parquinho. “Tiraram todos os brinquedos e no lugar plantaram uma árvore. E ela já está toda podre por baixo e velha”, relata Luiz com um olhar bem triste. Para a alegria dele ser completa, o colégio 36 deveria ganhar outro parquinho, assegura Marcos.
Próximo dali, no condomínio Sol Nascente, um grupo de alunos reclama de uma obra na Escola Classe 66. “Aqui não tem esgoto e estão construindo uma fossa do lado da quadra. Não podemos nem jogar bola mais” disseram os alunos ao Esquina on-line. A escola tem aproximadamente 1500 alunos, e segundo alguns professores, que não quiseram ser identificados, 30 educadores são temporários de um total de 48. A Secretaria não se manifestou sobre a questão dos professores não concursados.
* Nome Fictício
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