Greve dos Professores Públicos do DF completa 12 dias

Por  Ana Paula Moreira Borges

Tentando acabar definitivamente com a greve, o governo confirmou, nessa sexta-feira (23/03), o corte no ponto dos professores que estão afastados das salas de aula. Entretanto os alunos da rede pública permanecem sem aula e sem previsão para retornar aos estudos.

Foto: (SnproDf)

“Essa greve prejudica a todos, tenho três filhos, um de cinco, um de seis e um de nove, dês do inicio dessa greve não estou indo trabalhar, porque não tenho com quem deixar meus filhos, além de ficarem sem estudo, corro o risco de perder meu emprego e ter que voltar a trabalhar como diarista”, reclama a empregada doméstica, Deunizete Maria de Souza.

Ocorreu nessa última terça-feira (20/03), na Praça do Buriti, mais uma assembleia sem sucesso, em que ficou definido por ampla maioria que a greve continua por tempo indeterminado.

A greve teve início sob alegação do não cumprimento do acordo feito com a categoria em 2011. O movimento pede a reestruturação do plano de carreira, reajuste de salário equivalente à média dos demais cargos de nível superior do GDF, a implantação do plano de saúde e a convocação dos professores aprovados no último concurso. O GDF diz que não tem como pagar o aumento salarial da categoria, por estar próximo ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Para dar visibilidade ao movimento, está marcada para este sábado (24/03), uma caminhada no Parque da Cidade, às 9h, no estacionamento do Parque Ana Lídia. “Esta caminhada surge dentro deste rol de atividades que o Sinpro tem feito, para divulgar a luta e esclarecer as dúvidas da população e da própria categoria a respeito de nossa luta e dos motivos da greve”, explica o diretor do sindicato, Fernando Ferreira.

A categoria também aprovou a realização de uma nova assembleia geral na próxima terça-feira (27/03), às 9h30, na Praça do Buriti.