Surdos pouco compreendem publicidade apesar de tradução em Libras

A estudante Marcelle Pereira na defesa do TCC
A área publicitária do Brasil não está preparada para atender as necessidades dos deficientes auditivos. Essa foi a conclusão do trabalho da aluna de publicidade do UniCEUB Marcele Rosa Pereira. O trabalho consistia basicamente em mostrar o quanto os filmetes publicitários são pouco assimilados pela cultura surda.
 
Para isso, Marcele exibiu para os surdos algumas propagandas que tratavam do tema inclusão de deficientes na sociedade. Após a exibição, foi perguntado a eles o que entenderam e acharam. A dinâmica de grupo funcionou na língua de libras e, com legendas em português, os surdos mostraram pouco entendimento sobre o contexto das publicidades e uma enorme indignação com a falta de comprometimento dos publicitários em entender quais são as suas reais necessidades de inserção.
 
Muitos dos surdos falaram que as propagandas eram extremamente humilhantes, pois até a tradução em libras que é colocada no canto da tela da TV foi considerada de péssima visualização. Segundo a pesquisa, as legendas em Português nos informes publicitários também não são uma solução, já que muitos surdos não entendem a relação do texto com a imagem e som.
 
A conclusão que os professores e alunos que participaram da exposição do trabalho chegaram é que é necessária uma maior aceitação dos surdos na sociedade e uma inclusão que saiba respeitar a cultura surda, que não é pior nem melhor que a do falante, simplesmente diferente.
 
Por Valentim Viana

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